E
depois de anos de uma impaciente espera, finalmente o Metallica lançou
um novo álbum. Desde 2008 sem nenhum lançamento, os gigantes do Thrash
Metal deram as caras com um lançamento que sem dúvidas traz o máximo que
o quarteto pode oferecer nos dias atuais. Abordando conceitos profundos
e sonoridade bem trabalhada, a banda de James Hetfield e Lars Ulrich
simplesmente lançou aquele que é o melhor lançamento desde o clássico Black Album de 1991.
Confesso que demorei para engolir o disco. Hardwired... to Self-Destruct é talvez um álbum de difÃcil digestão, ainda mais levando em conta os traumas recentes que a banda deixou em seus fãs. St. Anger e Death Magnetic foram
álbuns sofrÃveis e fizeram muitos preferirem que o Metallica se
abstivesse de lançar algo novo. Mas a banda jamais teve medo ou vergonha
de seu trabalho, e por isso se lançou em estúdio e, de uma maneira no
mÃnimo inesperada, lançou sim um novo álbum, que deixou para trás os
últimos discos e deu vida nova a banda.
Depois de ouvir umas três vezes enfim entendi toda a proposta de H...tS-D.
Podemos ver que a banda trouxe um trabalho muito influenciado por...
ela mesma. Sim, o Metallica usou seu passado inspirado para compor esse
novo trabalho, e deu certo isso. Temos muitas coisas de ...And Justice for All e do álbum homônimo, além de trazer algumas faixas que apostam na velocidade crua de Kill 'em All.
Alias a isso, temos a receita tradicional dos grandes clássicos da
banda, que apostam em refrões extremamente fortes e que são marcantes
desde a primeira audição, gostando ou não da música.
O
trabalho instrumental não é genial, mas temos a apresentação de grandes
riffs que mostram o poder de fogo variado da banda. Desde palhetadas
ligeiras para conduzir o galope nos andamentos mais Thrash Metal ou
pegadas mais carregadas em groove até passagens mais focadas em melodias
entre as duas guitarras. As poucas coisas que fizeram falta foram
talvez uma música no estilo Fade to Black, Welcome Home... Sanitarium, com um inÃcio limpo seguido de uma passagem conduzida por riffs geniais e pesados.
Enquanto
os riffs de Hetfield sempre foram elogiados, os solos de Kirk Hammet
são constantes alvos de crÃticas. Neste álbum, o guitarrista solo do
Metallica apresenta seus mesmos vÃcios, mas surpreende em outros
momentos, mostrando certa versatilidade hora ou outra. Dos
instrumentistas, é o que menos se destaca nessa gravação para mim,
inclusive sendo deixado para trás por Robert Trujillo, que venceu a
maldição do primeiro álbum (tal como Jason Newsted, seu debut em estúdio com o Metallica foi praticamente inexpressivo. ...AJFA e Death Magnetic tiveram
as linhas de baixo praticamente zeradas) e apresentou linhas que fazem
seu baixo falar alto, inclusive se destacando em algumas passagens. A
maior surpresa, no entanto, fica por conta de Lars, que apresenta uma
baterista consistente e rápida em diversos momentos, sem ficar para trás
nos riffs mais acelerados da banda.
O vocal de James Hetfield não compromete, mas me agradou mesmo apenas na última música do disco, Spit Out the Bone,
onde canta com uma voz agressiva e mais suja, diferente das outras
faixas do álbum. Esta inclusive é para mim, a maior surpresa do disco.
Os singles Hardwired, Moth into Flame e Atlas, Rise! conduzem
o ótimo começo do álbum, que chama a atenção do ouvinte em todas as
faixas, mas nem todas mantém
Aliás,
a parte letrÃstica também é um tópico a se levantar. A banda abordou
temas densos e retratou cada letra com um video-clipe. Isso mesmo, todas
as faixas de Hardwired possuem video-clipe. Desde simplesmente takes da
banda executando a canção ou em estúdio gravando até animações em
homenagem a Lemmy Kilmister e histórias bizarras, está tudo no YouTube
da banda, e consequentemente, estourando nos canais dedicados a
transmitir clipes do momento.
Aliás, a parte letrÃstica também é um tópico a se levantar. A banda abordou temas densos e retratou cada letra com um video-clipe. Isso mesmo, todas as faixas de Hardwired possuem video-clipe. Desde simplesmente takes da banda executando a canção ou em estúdio gravando até animações em homenagem a Lemmy Kilmister e histórias bizarras, está tudo no YouTube da banda, e consequentemente, estourando nos canais dedicados a transmitir clipes do momento.
Aliás, a parte letrÃstica também é um tópico a se levantar. A banda abordou temas densos e retratou cada letra com um video-clipe. Isso mesmo, todas as faixas de Hardwired possuem video-clipe. Desde simplesmente takes da banda executando a canção ou em estúdio gravando até animações em homenagem a Lemmy Kilmister e histórias bizarras, está tudo no YouTube da banda, e consequentemente, estourando nos canais dedicados a transmitir clipes do momento.
Por
fim, podemos concluir que este lançamento do Metallica é equilibrado.
Dividido em dois discos, cada um com seis faixas, No primeiro, como já
mencionei, o destaque fica para os singles, mas Dream No More também tem seu brilho. Já na segunda parte, ManUNkind, Here Comes Revenge e
a faixa final chamam mais atenção, fechando o que eu posso dizer que,
mais da metade está, no mÃnimo, acima da média, enquanto o resto apenas
não incomoda. Destas que se destacam, elevo Moth into Flame e Spit Out the Bone como potenciais clássicos da banda, enquanto Hardwired e Atlas, Rise! seguem um pouco atrás nessa mesma tendência.
TRACKLIST
DISCO 1
01 -Hardwired
02 - Atlas, Rise!
03 - Now That We're Dead
04 - Moth Into Flame
05 - Dream No More
06 - Halo on Fire
DISCO 2
01 - Confusion
02 - ManUNkind
03 - Here Comes Revenge
04 - Am I Savage?
05 - Murder One
06 - Spit Out The Bone
Postado originalmente n'O SubSolo
http://www.osubsolo.com/2016/11/resenha-hardwired-to-self-destruct.html
Por: Vinicius Saints